Deus é uma bela bengala teórica, e nele que mora toda nossa incapacidade de inicialmente compreender algo, o bode-expiatório de nossas frustrações em percebermos finitos em todos os sentidos, mas dizem alguns e também está escrito (esse escrito tem tanta validade quanto uma hq do Homem-Aranha) num tal livro, em vários livros na verdade que esse tal deus é real. Analisando logicamente, esse seria uma definição, um axioma que pode ser desprezado assim como foi feito com o do paralelismo das retas na geometria euclidiana, e como ocorreu com a geometria, isso dá luz a uma nova maneira de se enxergar as coisas. Como podem perceber, deus e suas conseqüências estão fora de minhas definições de meu modelo de mundo, universo e além.
Mas isso me levou, enquanto tomava terá, ao seguinte questionamento, como esse fato é uma definição, não posso discutir sua validade, se é falso ou verdadeiro, mas antes de tudo, os axiomas são escolhidos de forma a melhor representar a realidade, e como isso é uma questão de escolha, surge o mal da validade de qualquer escolha, ela é certa ou ela é errada? Se nosso postulado de deus for falso, eu construí um modelo mais fiel a realidade e todas as suas conseqüências são plausíveis (nada de vida eterna, paraíso, danação e sei-lá-mais-o-que), porém, se eu estiver errado, surge a questão que dá origem ao título desse texto, qual é o crivo mais importante para deus (é claro que isso dentro das idéias mais ocidentais de deus e das religiões), acreditar nele, em sua onipotência, onisciência e onipresença, ou o amor ao próximo???
É óbvio que pelo primeiro crivo, eu já me ferrei, vou fazer uma visita permanente ao diabo, nada de harpas ou mais de cinqüenta virgens para mim...se for somente o segundo crivo, achei que enganava bem, afinal, tenho por hábito ajudar os outros, sou educado, quase generoso, por esse ponto de vista pelo menos um cantinho “ao lado do pai” eu conseguiria, umas dez virgens talvez...
Mas meu futuro celestial foi para o brejo rapidamente, pois como disse o André, se me comporto bem é para disfarçar sobre meu lado mais nefasto, enganar para lucrar socialmente não é muito cristão (HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...).
Pois é, assim foi-se minha chance de subir, só posso descer, mas sacumé, para um avatar do mal, subir é impossível...HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...
Mas voltando as ponderações, não estou errado, pela lógica, pela navalha de Ockham (entia non sunt multiplicanda praeter necessitatem), entre a fé em nossas capacidades e a fé em uma entidade com aqueles atributos fodões lá do terceiro parágrafo, fico com nós, humanos, até com suas falhas. Fico comigo.Fé antes de tudo em mim.
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