quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Escala Logaritmica



E depois certos alunos me questionam sobre a utilidade dos logaritmos...HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...

Mais uma do xkdc

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Manuel Bandeira, O Bicho

"Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem."

Drummond, Mãos Dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente



Pois o Dahmer ainda me surpreende, ou talvez seja minha boa vontade que surge quando ouço Octavarium.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

De deus e seus crivos (serve também: Será que estou ferrado?)

Deus é uma bela bengala teórica, e nele que mora toda nossa incapacidade de inicialmente compreender algo, o bode-expiatório de nossas frustrações em percebermos finitos em todos os sentidos, mas dizem alguns e também está escrito (esse escrito tem tanta validade quanto uma hq do Homem-Aranha) num tal livro, em vários livros na verdade que esse tal deus é real. Analisando logicamente, esse seria uma definição, um axioma que pode ser desprezado assim como foi feito com o do paralelismo das retas na geometria euclidiana, e como ocorreu com a geometria, isso dá luz a uma nova maneira de se enxergar as coisas. Como podem perceber, deus e suas conseqüências estão fora de minhas definições de meu modelo de mundo, universo e além.

Mas isso me levou, enquanto tomava terá, ao seguinte questionamento, como esse fato é uma definição, não posso discutir sua validade, se é falso ou verdadeiro, mas antes de tudo, os axiomas são escolhidos de forma a melhor representar a realidade, e como isso é uma questão de escolha, surge o mal da validade de qualquer escolha, ela é certa ou ela é errada? Se nosso postulado de deus for falso, eu construí um modelo mais fiel a realidade e todas as suas conseqüências são plausíveis (nada de vida eterna, paraíso, danação e sei-lá-mais-o-que), porém, se eu estiver errado, surge a questão que dá origem ao título desse texto, qual é o crivo mais importante para deus (é claro que isso dentro das idéias mais ocidentais de deus e das religiões), acreditar nele, em sua onipotência, onisciência e onipresença, ou o amor ao próximo???

É óbvio que pelo primeiro crivo, eu já me ferrei, vou fazer uma visita permanente ao diabo, nada de harpas ou mais de cinqüenta virgens para mim...se for somente o segundo crivo, achei que enganava bem, afinal, tenho por hábito ajudar os outros, sou educado, quase generoso, por esse ponto de vista pelo menos um cantinho “ao lado do pai” eu conseguiria, umas dez virgens talvez...

Mas meu futuro celestial foi para o brejo rapidamente, pois como disse o André, se me comporto bem é para disfarçar sobre meu lado mais nefasto, enganar para lucrar socialmente não é muito cristão (HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...).

Pois é, assim foi-se minha chance de subir, só posso descer, mas sacumé, para um avatar do mal, subir é impossível...HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...

Mas voltando as ponderações, não estou errado, pela lógica, pela navalha de Ockham (entia non sunt multiplicanda praeter necessitatem), entre a fé em nossas capacidades e a fé em uma entidade com aqueles atributos fodões lá do terceiro parágrafo, fico com nós, humanos, até com suas falhas. Fico comigo.Fé antes de tudo em mim.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Homem ao mar!!!

E continuando a busca, mais um texto daqueles lá, sabe, do antigo blog, do pessoal vagabundo (não são tanto assim), da mesma laia do autor dum post anterior...
No caso, um curto texto de autoria do cerebroso, vulgo Raví, que não pode deixar passar uma pequena revolta de uma certa Maria, que foi por mim exterminada, sem fazer algum comentário, no caso sobre a minha brutalidade ao debelar a revoltosa. Bem, mas isso foi só na primeira linha do texto, depois ele resolveu falar duns assuntos que vira e mexe debatemos, mas ele deixeou de lado o fator discreto, nem tudo é local, as iterações levam a harmônicas bizarras, mas isso é assunto para outra postagem, deixemos o fator suflair e as ondas e as totalidades para depois.
Ao texto, pequeno texto.


ao ditador que vive no owner deste blog

controle-se!
memética, mário!
evolução!
caos! - lembre-se disso
interações dentro das iterações aleatórias de tudo
woohoo!
total não, porque as coisas são locais
o universo é um algoritmo guloso

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Resgate duma conversa sobre a "mente masculina"

Por ventura lembrei do endereço do antigo blog, melhor, desse blog, mas quando resolvi usar o beta do blogger (que hoje é essa atual versão), mudei o endereço dele, pois sacumé, o beta vira o oficial e eu gosto desse endereço (viva ao Spastic Ink...HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...) e ainda tem coisas lá, textos dos antigos membros menos vagabundos do blog, "menos vagabundos" é generoso demais com eles, escreveram uma vez e sumiram, eles tem seus motivos e me avisaram, mas vou aproveitar a deixa e reclamar um pouco só por reclamar...HAHAHAHAHAHAHAHAHA...

Bem, voltando, vou resgatar aos poucos esses textos...e o primeiro desses naúfragos é um post do Adriano, um grande amigo meu, vulgo Véio, que publicou uma conversa nossa de MSN, só vou corrigir alguns erros com relação ao negrito, o resto vai como estava, que foi exatamente copiado de nosso log de conversação.



Mente masculina

Pois é estávamos eu e o Sr. Mário discutindo sobre o fato de que quase todo mundo de Três Lagoas se mudou para fora para estudar, quando concluimos que as vezes essas mesmas pessoas não voltam por razões maiores (leia-se namoradas). Tendo em vista a forma fria e calculista que comentamos o assunto, julgamos que poderia ser útil na tentativa feminina de entender o cérebro masculino. O texto se encontra na forma mais escancarada possível, sem as tradicionais firulas que usamos ao conversar com as garotas, que julgam nossa objetividade muitas vezes como frieza, quando na realidade (que se registre) estamos dando o melhor de nós para entende-las e tentar torná-las pessoas completas, assim como elas fazem conosco sem necessáriamente nós sabermos o porque ou como.

Senhor Mário diz:

Mas só fiquei fora de três lagoas para estudar mesmo
Senhor Mário diz:
Somente estudar
Adriano diz:
entaum, mas existem acidentes sociais como namoradas, esposas e concursos
Senhor Mário diz:
Verdade
Senhor Mário diz:
concursos são tentativas de se aumentar os lucros
Senhor Mário Diz:

Namoradas são acidentes sociais, mesmo
Adriano diz:
e tomara que elas nunca fiquem sabendo das nossas conversas
Adriano diz:
quando tivermos uma, pq ser chamado de acidente social ninguém merece
Senhor Mário diz:
São termos técnicos, rapaz
Senhor Mário diz:
não são pejorativos, são somente impessoais
Senhor Mário diz:
HAHAHAHAHAHAHAHAHA...
Adriano diz:
hauhauhauhauha
anote ai Mário, mulheres detestam termos técnicos
Adriano diz:
detestam sonhar em serem tratadas de forma impessoal
Senhor Mário diz:
Mas elas tem de se acostumar
Senhor Mário diz:
Normalmente, quando não se acostumam, terminar com a gente
Senhor Mário diz:
*terminam
Senhor Mário diz:
Não pode ser assim, onde está a objetividade das relações sociais?
Adriano diz:
pois é, é por isso que eu falo, não tente entender só deixe elas felizinhas
Adriano diz:
assim a convivência se torna mais, fácil e atinge seu objetivo de forma menos traumática
Senhor Mário diz:
Mas esse procedimento nada mais é do que uma gambiarra
Senhor Mário diz:
Gambiarra social!
Adriano diz:
menos elegância, mais efeito
Adriano diz:
mas na boa, isso é um paliativo que te permite "ter tempo de entende-las"
Adriano diz:
caso contrário, antes de entede-las elas nos chutam
Senhor Mário diz:
Verdade
Adriano diz:
ei essa conversa nossa deve ir para Blog!
Adriano diz:
está sendo muito instrutiva
Adriano diz:
*instrutiva
Senhor Mário diz:
Você posta ou eu posto?
Senhor Mário diz:
Com as devidas edições, é claro
Adriano diz:
se bem que seria um registro que elas poderiam ler depois
Adriano diz:
q tipo de edições??
Senhor Mário diz:
Sei lá, qualquer um
Senhor Mário diz:
DIP do blog, rapaz
Adriano diz:
já estou lá, posso postar??
oque vc quer que edite??
Senhor Mário diz:
O post é seu, rapaz
Senhor Mário diz:
Você faz o que quiser
Senhor Mário diz:
Eu não mexo no post dos outros
Adriano diz:
ok vou lá fazer a merda
Senhor Mário diz:
blz

Um livro ainda não lido e boas resenhas

Bem, o Reinaldo Azevedo lançou um livro, O País dos Petralhas, que é um belo sucesso e que eu ainda não li, mas ao menos andei lendo as resenhas publicadas, alguns feitas por um pessoal muito bom, como o Demétrio Magnoli, o Diogo Mainardi, Rui Nogueira e outros. E em uma dessas resenhas, feita João Pereira Coutinho, há um ponto analisado dentro dos textos do Reinaldo Azevedo que fugiu dos outros resenhistas, ou fugiu em parte: a preocupação, o gosto, pelas banalidades da vida, as pequenas coisas que são somente preocupação do indivíduo, nada dos grandiosos pensamentos de classe, engajamento social e todas esses "sonhos" de e para humanidade. Um outro "e": sim, o texto original, que motivou a resenha e que está tanto no livro quanto no blog, eu li. Vamos a resenha.



A Sagrada Família
Já tudo foi dito e escrito sobre o último livro de Reinaldo Azevedo, "O País dos Petralhas" (Record, 337 págs.). Uma feroz e divertida denúncia da política brasileira e do "establishment" petista atualmente em cena? Sem dúvida.

Mas existe uma passagem do livro que não é para rir. É para ler, meditar, talvez chorar. Acontece a propósito de nada: Reinaldo Azevedo prepara-se para sair de férias e, em momento de trégua, partilha com os leitores do blog a memória feliz de um livro aparentemente menor, "A Morte de um Apicultor", do sueco Lars Gustafsson.

Quem leu Gustafsson? Curiosamente, eu li. E perguntei-me, durante anos, se seria a única criatura do mundo a lembrar com ternura desse livro imensamente melancólico e belo. É a história de um velho, condenado por doença mortal, que vai anotando, em vários cadernos, os pensamentos, as rotinas e até as dores físicas de uma vida a caminho do fim. "Recomeçamos. Não nos rendemos", escreve o velho, vezes sem conta. E, com essa frase, termina a sua odisséia, momentos antes de a ambulância vir buscá-lo.

Reinaldo Azevedo evoca "A Morte de um Apicultor" para dizer o que de mais profundo alguém pode dizer sobre a função de uma democracia civilizada: ela existe, precisamente, para que possamos tratar das nossas vidas banais. Para que possamos ser como o velho apicultor do livro: simplesmente interessados nas nossas rotinas, nas nossas famílias, nas nossas memórias privadas. E conclui o colunista: o que é imperdoável na política brasileira não é apenas a corrupção, a boçalidade e a ignorância dos próceres. O que é imperdoável é a existência de uma elite política moralmente miserável que impede esse espaço pessoal e intransmissível onde podemos ser "senhores das nossas lendas" e alheios ao ruído do mundo. No Brasil, tudo é ruído. E no resto do mundo?

No resto do mundo, talvez não. A tese pertence a Luc Ferry e ninguém diria que Luc Ferry e Reinaldo Azevedo dariam um bom par. Mas as aparências enganam. Em "Famílias, Amo Vocês", um breve ensaio publicado no Brasil pela Objetiva, Luc Ferry retoma a observação pessoal de Reinaldo e elabora uma questão filosófica fundamental: nos tempos que passam, seremos capazes de nos sacrificar por algo ou por alguém? Ao olharmos para o brilhante século 20 e para o longo cortejo de matanças em que a centúria foi pródiga, encontramos milhões de seres humanos que marcharam e mataram em nome de puras abstrações. A Nação. O Partido. O Progresso. A Raça. O Império. O baile terminou em chamas e, hoje, no meio das cinzas, alguns zelotes ideologicamente nostálgicos lamentam o "recolhimento individualista" das nossas sociedades "burguesas" e clamam pelo inevitável, e tantas vezes sanguinário, regresso da "imaginação ao poder".

A resposta de Luc Ferry é a oposta: devemos festejar o recuo das grandes causas; e devemos, sobretudo, celebrar as pequenas. Devemos celebrar os nossos familiares, os nossos amigos. A nossa tribo. O nosso "pequeno pelotão", como dizia Burke no século 18. São eles as causas por que vale a pena lutar. São eles que constituem o princípio e o fim das nossas "transcendências".

Nas palavras do filósofo francês, houve uma "divinização do humano" ou, se preferirem, uma "transcendência na imanência" que leva o Homem ocidental a apenas "sair de si mesmo" para participar no destino daqueles que lhe estão mais próximos. As nossas utopias são pessoais, não coletivas; e esse recuo é prova da nossa maturidade política e de uma certa decência moral.

Ao longo da história, as famílias sempre estiveram ao serviço da política e foram, por vezes, estilhaçadas por ela? É hora de virar o disco: uma sociedade política civilizada deve servir as famílias; deve permitir que estas possam cultivar as suas virtudes sem a intervenção e os constantes abusos do Estado.

E o Brasil será essa sociedade política civilizada no dia em que o ruído do mundo der lugar ao silêncio dos lares. No dia em que for possível, como escreve Reinaldo Azevedo, ter uma alma, cultivar intimidades, guardar as pequenas coisas ridículas, sem que a República conspire com suas sujidades e violências. Será esse o dia em que o famoso dilema de Camus deixará de fazer sentido: a justiça ou a minha mãe?
Obviamente, a mãe.

Porque, como diria um velho apicultor sueco, nós nunca nos rendemos perante o que nos é sagrado. Recomeçamos.




De João Pereira Coutinho para a Folha.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

LHC e certas frustações...

A maior máquina já construida, bilhões de dólares investidos, de acordo com alguns capaz de criar buracos negros que vão acabar com nosso belo planetinha (HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...), o aparato que vai recriar o big bang e vai sei-lá-mais-o-que-do-caralho-a-quatro...essa é a bela visão, bela mais em grande parte imprecisa, que parte da mídia vendeu do LHC...sim, ele é fantástico, mas nos preocupemos com o que ele realmente vai fazer, com o foco científico da coisa, não com as idéias apocalitípcas ou idéias de "brincando de deus" (bem, no final essas duas idéias meio que se equivalem, o homem quando brinca de deus normalmente acaba fazendo merda, alguma coisa explode, morre um monte de gente ou o mundo acaba...quanto maior o experimento maior a chance duma desgraça ocorrer...HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...). Apesar de esse ser o pensamento comum, quando alguma coisa errada acontece, o experimento para, como o que houve com o LHC, pouco depois de seu lançamento, alguem inverteu alguns cabos e pronto, foram-se imãs caríssimos...alguem inverte alguns cabos e já se foi o fim-do-mundo para as cucuias...tsc, tsc, tsc...
O interessante acho é o gancho para essa postagem...essa bela tirinha que achei navegando por aí...riam com ela tanto quanto eu.



Retirado de XKCD a webcomic of romance, sarcasm, math, and languange.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Do glorioso retorno e outras coisas mais que me escapam o nome e a classificação.

Um glorioso retorno, talvez, uma mudança grande nos planos originais que agora estão lá em 2006 (de acordo com o arquivo) com certeza, mas isso fazia parte do planejamento, depois que descobri que estou aqui sozinho, sem companheiros de redação e sem leitores, não que eu tenha demorado em perceber isso, foi somente uma questão de preguiça, talvez até má vontade em mexer com essa bodega, mas sacumé, volto a escrever um pouco, os dedos voltam a se animar, e talvez eu pegue o ritmo da coisa, mas um dos grandes eixos agora é não deixar de postar sobre essas coisas maravilhosas e/ou bizarras que encontre navegando por aí, como o vídeo que publiquei abaixo da EA Games, sobre o Red Alert 3 (jogo que merece um texto também).
Red Alert 3 é um gancho para uma das outras coisas, resenhas de jogos, pretendo, um dia, num futuro próximo, um futuro distante também serve, escrever resenhas sobre os vários jogos de que gosto ou que já testei, usarei isso aqui para elucidar você, pobre leitor e jogador perdido nessa miríade de títulos, gêneros e sei-lá-mais-o-que, em minha generosidade venho cá com uma luz te guiar, quiçá te libertar...HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...
Basta por enquanto...e lembrem-se: "VOTE FOR ME IF YOU WANT TO LIVE".

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...

Ackerman!!! Ackerman!!!

Nada de apresentações, além é claro do "VOTE FOR ME IF YOU WANT TO LIVE"



sábado, 16 de junho de 2007

Georges Bourdoukan nos agracia com um Maravilhoso Espetáculo

Sempre achei muito interessante o movimento das Cruzadas, massas de homens brandindo espadas e matando em nome de Deus num furor sangüinário, cidades arrasadas, muitos mortos e tudo isso por alguns nacos de deserto cercados por inimigos...não se pode negar o atributo coragem ao nosso "heróico" cavaleiro franco e cristão, afinal nada como o sangue dos hereges pela manhã para renovar a fé em Deus...HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...
O mais interessante para mim nisso tudo foi a grande discussão teológica que se originou por causa das Cruzadas, afinal retomar a Terra Santa usando do sangue e das armas ia/vai contra aos ensinamentos dum sacrificado que pregou o amor ao próximo, mas sacumé, aos monges os sofrimentos dum debate teológico e aos cavaleiros e a plebe fedorenta as glórias dum campo de batalha...bem, vamos ao texto do senhor Georges Bourdoukan, que é jornalista e escritor, autor da Incrível e Fascinante História do Capitão Mouro e de O Peregrino.

"A imagem é rara, raríssima. Um arco-íris em pleno deserto. É para lembrar, segundo antigos mitos, a aliança com Deus. Mitos que foram incorporados pelas religiões, como o foram a Arca da Aliança, o monte de pedras e as ressurreições de Tamuz, Mitra, Átis, Osíris e outros tantos, até Jesus, o Cristo, que só passou a ser considerado Deus e não um profeta mortal, a partir do Concílio de Nicéia, em 325, com o voto de 318 dos 1800 bispos do Império Romano. Até o século IV, o nascimento de Jesus era celebrado no dia 6 de janeiro. Essa data foi modificada em 321, para o dia 25 de dezembro, a pedido do Imperador Constantino, em homenagem ao Sol Invictus.

Um preâmbulo longo, é verdade, mas necessário para relatar as atrocidades que o fanatismo religioso causa, como o ocorrido em 13 de janeiro de 1099, durante a tomada de Jerusalém pelos vinte mil cruzados sob o comando de Boemundo, Tancredo, Roberto da Normandia, Godofredo de Bouillon e Roberto de Flandres. A história registra que na mesquita de Al-Aksa eles degolaram mais de quinze mil mulçumanos que ali procuraram refúgio e que depois de expulsar os cristãos ortodoxos gregos, coptas, jacobitas, armênios e monofisistas, queimaram os mais de dois mil judeus que se refugiavam na sinagoga. Mas tarde, um conselho presidido por Godofredo ordenou o extermínio de todos os mulçumanos de Jerusalém, num total de setenta mil pessoas. Essa operação durou oito dias. Relatos da época dizem que os cruzados praticaram as mais “repugnantes orgias, desde violação de cadáveres até canibalismo”.

O cônego Raimundo de Aguilers, capelão dos invasores, deixou esse relato em sua história Francorum que Ceperunt Ilherusalem: “Maravilhoso espetáculos alegravam nossas vistas. Alguns de nós, os mais piedosos, cortaram as cabeças dos mulçumanos; outros os fizeram alvos de suas flechas, fazendo-os cair dos telhados das mesquitas; outros foram mais longe e os arrastaram até as fogueiras. As ruas e as praças de Jerusalém estavam entulhadas de cabeças, pés e mãos. Mas isso não é nada comparado com o que fizemos no interior da mesquita edificada sobre o antigo Templo de Salomão. Ali, os cadáveres dos fanáticos de Maomé flutuavam no sangue arrastados de um a outro ponto. Mãos e braços cortados flutuavam para juntar-se a corpos que não lhes correspondiam. Em muitos lugares, o sangue chegava até nós em ondas e os soldados que faziam essa carnificina não conseguiam respirar devido ao vapor que ali exalava. Quando não havia mais mulçumanos que matar, os chefes do exército se dirigiram em procissão até a Igreja do Santo Sepulcro para a cerimônia de ação de graças”."